16/10/2015 - Deslocamento de tropas do CMP para Operação Treme Cerrado VI
Na manhã de hoje dia 16 de outubro,
cerca de 900 militares e 130 viaturas do Comando da 3ª Brigada de
Infantaria Motorizada, do 36º Batalhão de Infantaria Motorizada, do 23ª
Companhia de Engenharia de Combate, do 32º Grupo de Artilharia de
Campanha, do 16º Batalhão Logístico e da Base de Administração e Apoio
do Comando Militar do Planalto estão se deslocando para o exercício de
adestramento da Operação Treme Cerrado, no Campo de Instrução de Formosa
(CIF).
Sobre o Treme Cerrado
OPERAÇÃO TREME CERRADO VI
A
Operação Treme Cerrado é um grande exercício de adestramento, coordenado
pelo Comando Militar do Planalto. No ano de 2015, participam a 11ª
Região Militar, a 3ª Bda Inf Mtz, o Comando de Operações Especiais e
demais Organizações Militares diretamente subordinadas ao CMP, além de
meios da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, do Centro de Comunicações e
Guerra Eletrônica do Exército, da Academia Militar das Agulhas Negras,
do 6º Esquadrão de Transporte Aéreo e do Comando Militar do Oeste, por
meio do 3º Batalhão de Aviação do Exército.
A
atividade foi concebida em um quadro de Defesa Externa, e dentro do
contexto das Operações de Amplo Espectro, no qual a força militar
empregada, para obter e manter resultados decisivos, deve estar apta
para atuar mediante a combinação de Operações Ofensivas, Defensivas, de
Pacificação e de Apoio aos Órgãos Governamentais, simultânea ou
sucessivamente, prevenindo ameaças, gerenciando crises e solucionando
conflitos armados.
Na
operação, que ocorre no Campo de Instrução de Formosa, no período de 17 a
22 de outubro de 2015, os novos Carros de Combate sobre rodas
“Guarani”, pertencentes à 3ª Bda Inf Mtz, serão empregados pela primeira
vez em um exercício de adestramento no terreno.
AMBIENTE OPERACIONAL
O
ambiente operacional contemporâneo salienta a busca da Legitimidade da
causa da Guerra, normalmente, com respaldo de Organismos Internacionais.
A opinião pública está menos propensa a aceitar o emprego da força para
a solução de antagonismos entre Estados. A presença constante da mídia e
a valorização das questões humanitárias e de meio ambiente exigem que
as operações militares respondam a uma série de condicionantes, entre as
quais:
a) Combate com menor número possível de baixas;
b) Mínimo prejuízo para a população civil;
c)
[endif] Menores “danos colaterais” possíveis, causados a não combatentes
e a bens não diretamente relacionados com as operações.
Os
comandantes de hoje devem conjugar as ações das forças desdobradas, em
tempo e espaço, e de forma sincronizada, a fim de obter maior
efetividade. Para tentar diminuir a vulnerabilidade das forças militares
nessa nova concepção do Campo de Batalha, o Comando deve, sempre que o
Exame de Situação e Fatores da Decisão recomendarem, procurar evitar
ações lineares, o combate aproximado, frentes estáveis e longas pausas
nas operações.
DINÂMICA DAS OPERAÇÕES MILITARES
Atualmente, o comandante deve levar em consideração referências que
permitam orientar as suas ações em coordenação com os demais vetores
militares e civis por meio de uma ação unificada. Para isso, deve
conhecer a área na qual vai atuar e saber como realizar a integração e
sincronização de todas as atividades que se desenvolvem sob sua
responsabilidade.
PROFUNDIDADE:
é a extensão das operações no tempo, espaço ou finalidade, incluindo as
ações de segurança, para alcançar resultados definitivos. Os
comandantes de forças terrestres devem atacar forças inimigas em toda a
sua profundidade, impedindo o emprego eficaz, pelo adversário, das
reservas, do comando e controle, da logística e de outras capacidades
que não estão em contato direto com as nossas forças.
AÇÕES PROFUNDAS:
compreendem, basicamente, a realização de Operações de Interdição,
visando ao isolamento do Campo de Batalha, impedindo o oponente de
concretizar suas possibilidades de retirar-se e ser reforçado em tempo
útil, sujeitando-o, dessa forma, a ser derrotado por partes. Também
permitem investir contra o sistema logístico e de comando e controle,
causando o colapso das linhas inimigas da retaguarda para frente.
Executam-se a grande profundidade e em terreno controlado pelo inimigo,
com a finalidade de localizá-lo, fixá-lo ou destruí-lo, mantendo-o
afastado de seus objetivos, limitando sua liberdade de ação, criando
condições favoráveis para as ações aproximadas ou, ainda, obtendo um
efeito decisivo sobre a vontade de vencer ou capacidade de combate do
oponente.
INTEGRAÇÃO:
é a ação de organizar um conjunto de forças militares terrestres em um
todo lógico de forma que as relações entre elas possam gerar efeitos
sinérgicos, alcançados pelo apoio mútuo, independentemente dos meios
empregados. Os elementos da Força Terrestre não operam de forma
independente, mas como parte de uma ação unificada maior.
SINCRONIZAÇÃO: A
sincronização é o arranjo das operações militares em tempo, espaço e
finalidade para produzirem o máximo Poder Relativo de Combate (PRC), em
um tempo e lugar decisivo. É a aptidão de executar múltiplas tarefas
relacionadas e apoiar mutuamente em diferentes locais ao mesmo tempo,
produzindo efeitos maiores do que a execução de cada uma isoladamente.
FUNÇÕES DE COMBATE
Uma
Função de Combate é um conjunto de atividades, tarefas e sistemas afins,
integrados, para uma finalidade comum, que orientam o preparo e o
emprego dos meios no cumprimento de suas missões. O raciocínio baseado
em Funções de Combate possibilita decompor a solução de cada problema
militar em uma série de tarefas a serem cumpridas. As Funções de Combate
são:
Comando e Controle:
conjunto de atividades, tarefas e sistemas interrelacionados que
permitem aos comandantes o exercício da autoridade e a direção das
ações.
Movimento e Manobra:
conjunto de atividades, tarefas e sistemas interrelacionados,
empregados para deslocar forças, de modo a posicioná-las em situação de
vantagem em relação às ameaças.
Inteligência:
conjunto de atividades, tarefas e sistemas interrelacionados,
empregados para assegurar a compreensão sobre o ambiente operacional, as
ameaças, os oponentes, o terreno e as considerações civis.
Fogos:
conjunto de atividades, tarefas e sistemas interrelacionados, que
permitem o emprego coletivo e coordenado de fogos cinéticos, orgânicos
da Força ou conjuntos, integrados pelos processos de planejamento e
coordenação de fogos.
Logística:
conjunto de atividades, tarefas e sistemas interrelacionados, para
prover o apoio e serviços, de modo a assegurar a liberdade de ação e
proporcionar amplitude de alcance e de duração às operações. Engloba as
áreas funcionais de apoio ao material, apoio ao pessoal e apoio de
saúde.
Proteção:
conjunto de atividades, tarefas e sistemas interrelacionados,
empregados na preservação da Força, permitindo que os comandantes
disponham do máximo poder de combate para emprego, e prevenindo e
mitigando ameaças às forças e aos meios vitais para as operações.
OPERAÇÕES DE INTERDIÇÃO
Operações que visam a aplicação de forças e fogos em profundidade, a fim
de impedir que o inimigo concretize o reforço da tropa empenhada com
novos meios, de modo a possibilitar sua derrota por partes. Normalmente,
destroem forças inimigas, retardam o movimento do adversário,
desorganizam sua manobra e impedem o reforço às suas ações principais,
contribuindo, significativamente, para o isolamento do Campo de Batalha.
Constam, dentre outras, das seguintes ações:
a) Maciço emprego de fogos aéreos e terrestres de longo alcance;
b) Realização de assaltos aeroterrestres e aeromóveis;
c) Emprego
de forças de operações especiais para realização de ações diretas contra
Centros de Gravidade das forças oponentes e indiretas; e
d) Confecção
de barreiras, visando a interditar os movimentos das reservas inimigas e
prejudicar os seus sistemas de comando e controle e logístico.
ANÁLISE DO CENTRO DE GRAVIDADE (CG) DA AMEAÇA
Centro de Gravidade (CG) é a fonte de energia que proporciona força
física ou moral, liberdade de ação ou vontade de agir. A análise do CG
da ameaça permite determinar e avaliar as vulnerabilidades críticas do
oponente ou potenciais adversários. Os resultados dessa análise são
utilizados no desenvolvimento das ações para explorar as
vulnerabilidades identificadas.
No contexto da Operação Treme Cerrado VI foram identificados como CG do oponente:
a) Reserva da Força Terrestre Componente de BRAVO; e
b) Bases e instalações logísticas da Força Terrestre Componente de Bravo.
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