02/08/2015 - Troca de tiros na fronteira de MS causa crise entre Brasil e Paraguai
O Governo do Paraguai fez um protesto
formal contra o Brasil, alegando invasão de soberania, após, uma suposta
ação de militares brasileiros em território paraguaio, na altura da
cidade brasileira de Mundo Novo, e da vizinha, Salto Del Guairá. De
acordo com informações do jornal paraguaio ABC Color, houve troca de
tiros entre militares brasileiros e contrabandistas, na Região de Puerto
Tigre e Puerto Adela, em Salto Del Guairá. Ainda de acordo com o jornal
do país vizinho, o governo paraguaio espera uma “resposta satisfatória e
desculpas” das autoridades brasileiras. A atuação dos militares
brasileiros está no âmbito da Operação Ágata 9.
Nesta
sexta-feira (31), o embaixador brasileiro em Assunção foi convocado à
chancelaria paraguaia para ouvir as queixas do governo do país vizinho.
Uma carta, com conteúdo semelhante, foi entregue pela embaixada
paraguaia em Brasília ao Itamaraty.
De acordo com informações do
Site César Galeano, Equipes do BPFron, Marinha, e Exército cercaram a
região, havendo confronto com intenso tiroteio e apreensões de barcos. O
presidente da República do Paraguay, Horacio Cartes, respondeu à ação
brasileira, enviando tropas paraguayas à Salto del Guaira, para impedir
novas entradas ilegais de militares brasileiros na área de fronteira.
Porém, segundo o ABC Color, no dia seguinte, o confronto teria sido
entre os militares dos dois países. Não há registro de feridos.
O
governo do Paraguai classificou o episódio como um "grave ato contra a
soberania paraguaia". "O Paraguai mantém uma estreita cooperação com o
Brasil na luta contra as diversas formas de delinquência organizada, e
espera que, baseado nos princípios de respeito recíproco e cooperação,
atos dessa natureza não voltem a se repetir", diz a nota do governo do
Paraguai entregue ao Brasil.
O Governo Brasileiro negou que as
ações da Operação Ágata 9 tenham invadido o lado paraguaio, mas o
embaixador do Brasil no Paraguai, José Eduardo Martins Felício disse que
vai abrir inquérito para apurar os fatos.
Ágata 9 - A operação teve início no dia 22 de julho, e teve o objetivo de reprimir crimes transfonteiriços. Os estados de Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia compreendem a Área de
Operações Oeste, com cerca de 4,5 mil km de fronteira do Brasil com a
Bolívia e o Paraguai.
Cerca
de 11 mil militares da Marinha, Exército e Força Aérea, em integração
com aproximadamente 600 agentes das Polícia, Federal, Rodoviária
Federal, Militar e Civil e de diversas agência governamentais,
participaram da Operação.
Ibama, Receita Federal, Iagro,
Defesa Civil, Funai, DOF, Anac, Grupo Especial de Fronteira do Mato
Grosso e Anvisa, também fizeram parte das ações.
Foram empregadas
340 viaturas, 76 embarcações e 26 aeronaves das Forças Armadas. A
Operação foi coordenada pelo Ministério da Defesa, por meio do EMCFA
(Estado Maior Conjunto das Forças Armadas) e contou com a participação
do Ministério da Justiça e da Fazenda. campograndenews
Comentários
Postar um comentário