01/07/2015 - Retenção de militares em quartel provoca polêmica

O pai de um dos militares, José Borges, mostra os seis pedidos de habeas corpus protocolados
Situação envolvendo integrantes do 3º Regimento de Carros de Combate vai parar na Justiça Federal após reclamação de familiares. Comando do 3º RCC nega arbitrariedade
O escritório de advocacia ‘Kocan & Mardegan Advogados’ confirmou nesta terça-feira ter impetrado seis pedidos de habeas corpus na Justiça Federal de Ponta Grossa, a favor de seis militares do Exército Brasileiro, que estão sob custódia nas dependências do 3º Regimento de Carros de Combate (3º RCC), em Ponta Grossa,desde a última quinta-feira (25). Nessa mesma situação, existiram outros dois militares. Um deles é atendido por outro escritório de advocacia e o oitavo não teria demonstrado interesse em recorrer à Justiça.
De acordo com representantes do escritório, os militares não teriam cometido nenhuma infração grave que justificasse a permanência deles dentro do quartel em situação de penalização. O fato, segundo o escritório, se caracterizaria como abuso de poder e cerceamento da livre possibilidade de ir e vir. Todas as medidas, em relação ao caso, estão sendo tomadas pelos representantes desses militares.
“O major Edgar Marcelo deu uma ordem verbal, sem motivo, sem eles terem cometido crime, nem transgressões, para os rapazes ficarem presos. Eles tiveram o cerceamento da liberdade”, ressalta José Borges, pai de um dos militares sob custódia foto. Os oito militares tinham licenças médicas e poderiam permanecer em casa para o tratamento. Mas teriam que retornar ao quartel por determinação superior. Segundo José Borges, os soldados estão sob custódia na enfermaria e não podem deixar o local.
Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã, na tarde de segunda-feira (29), o comandante do 3º RCC, tenente coronel Carlos Luiz Guedes Neto, nega situação de autoritarismo, explicando que os soldados não foram presos. Ele diz também que os militares não cumpriam com as obrigações previstas, como comparecer as sessões de fisioterapia. “Pelas leis militares eu posso suspender a dispensa domiciliar e pedir para eles serem tratados no quartel. Como eles não se trataram corretamente, eu optei por trazer eles novamente para aqui”, explica o comandante.
O comandante Guedes destacou, ainda, que os rapazes passaram por avaliações médicas e, dos oito, apenas um pôde continuar realizando o tratamento em casa. “A médica falou que eles estão prontos para trabalhar. Eles não se trataram corretamente, então é minha obrigação zelar pela saúde dos militares”, afirmou o comandante.

na justiça
Escritório tomará outras medidas na Justiça
O pedido de habeas corpus ainda será analisado pela Justiça Federal e uma decisão deve sair nos próximos dias. O escritório ‘Kocan & Mardegan Advogados’ antecipa que, entre outras medidas, pretende mover uma ação contra o sub-comandante Edgar Marcelo, que ordenou a reclusão dos oito militares – seis dos quais atendidos pelo escritório. De acordo com o major Edgar, os rapazes receberam apenas determinações para se apresentarem no quartel para realizar exames médicos. arede.info

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