28/03/2015 - Levantamento aponta que quase 48% dos ouvidos no Brasil são favoráveis a uma intervenção militar para conter a corrupção
Participante do protesto de 15/3, no Rio
Em 22 de junho de 2013, quando 30 mil foram às
ruas de São Paulo contra a proposta de limitar a capacidade de
investigação do Ministério Público, uma grande faixa defendia a extinção
de todos os partidos políticos para combater a corrupção. No protesto
de 15 de março deste ano, as mensagens foram mais claras: cartazes da
"Intervenção Militar Já" e "SOS Forças Armadas" eram exibidos por vários
manifestantes. Neste sábado (28), um grupo reedita a Marcha da Família,
antessala da ditadura iniciada em 1964, com um objetivo: instalar um
regime de exceção controlado pela caserna.
A mudança de tom
reflete uma mudança na postura de parte dos brasileiros ante uma solução
não-democrática para a criminalidade de colarinho branco no Poder
Público. Entre 2012 e 2014, a fatia da população que acha justificável
um golpe militar quando há corrupção cresceu de 36% para 48%. Ou seja,
de pouco mais de um terço, passou a pouco menos da metade. O valor é o
maior pelo menos desde 2007 e vai no sentido contrário da queda
percebida entre 2008 e 2012, de 39,8% para 36,3%.Os dados são da Pesquisa de Opinião Pública Latino-Americana (Lapop, na sigla em inglês), coordenada pela Universidade de Vanderbilt, dos Estados Unidos, e feita em parceria com universidades de todo o continente. Na edição de 2012, os dados no Brasil foram levantados pela UnB com apoio da Capes. Em 2014, o instituto Vox Populi foi o responsável pelo levantamento.
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