32/01/2013 - Gigantes dos mares garantem pesquisas brasileiras na Antártida

 Gigantes dos mares garantem pesquisas brasileiras na Antártida

Navios Almirante Maximiano e Ary Rongel dão suporte a investigações científicas em áreas como oceanografia, hidrografia, geologia, biologia marinha e geofísica

Mona Lisa Dourado FONTE: jconline

PUNTA ARENAS (Chile) – Dois gigantes dos mares garantem a continuidade das pesquisas brasileiras na atual Operação Antártica (Operantar 31). O Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel (H-44) e o Navio Polar Almirante Maximiano (H-41) viabilizam as investigações científicas no continente branco em áreas como oceanografia, hidrografia, geologia, biologia marinha e geofísica. Incorporado à Marinha em abril de 1994 para substituir o antigo Barão de Teffé, o Ary Rongel atua na retaguarda das equipes que trabalham no desmonte e limpeza da EACF, além de alguns projetos científicos. Já o mais jovem e moderno “Max”, como é conhecido, opera desde fevereiro de 2009 em atividades operacionais voltadas à pesquisa. “Com o apoio das embarcações, vamos atender plenamente a todas as solicitações da comunidade científica nesta temporada. Cerca de 200 pesquisadores subirão a bordo”, contabiliza a coordenadora para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte Duhá.

A grande vantagem dos navios é a mobilidade. “Recebemos, deixamos e buscamos pesquisadores em diversas partes na mesma operação, chegando a lugares isolados que de outra maneira não seria possível”, explica o comandante do Max, Newton Pinto Homem. “Este ano a atividade está muito intensa. Já iniciamos oito projetos”, acrescenta.

INFOGRÁFICO

O Brasil na Antártida
Quando a reportagem do visitou a embarcação no porto de Punta Arenas (Chile), às vésperas do retorno do navio à Antártida após o recesso de fim de ano, uma nova leva de cientistas começava a se instalar. Entre eles, a professora Wânia Duleba, ligada ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. A cientista estuda emanações de hidratos de gás metano na região da Ilha Marambio (Mar de Weddel), fenômeno que pode ter relação com as mudanças climáticas atuais. Só a demanda dessa pesquisadora dá uma ideia da complexidade da logística articulada a partir dos navios. “Para chegar à área da coleta, preciso de um bote, um mergulhador e dois marinheiros, além de uma série de equipamentos, como ecobatímetros e sensores de temperatura, salinidade e pressão”, descreve. 

Segundo Pinto Homem, a organização para suprir cada um dos projetos “é como um castelo de cartas”. Ainda mais considerando os humores do clima num lugar onde o tempo vira de mar de almirante para ventos de 120 km/h em poucos minutos. “A partir do momento em que os projetos são designados, recebo um formulário logístico em que são detalhadas as demandas deles. Mas estamos sempre fazendo adaptações, porque a nossa prioridade em campo é a segurança das pessoas. Muitas vezes até temos que negar certos pedidos.”

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