01/01/2013 - Forças federais recuperam em MT alimentos roubados de caminhão

Forças federais recuperam em MT alimentos roubados de caminhão

Cestas básicas seriam destinadas a aldeias indígenas e foram achadas em Posto da Mata

Trabalho de desocupação da TI Marãiwatsédé deve durar até o fim de janeiro


SÃO PAULO - As forças federais recuperaram no distrito de Posto da Mata, em Mato Grosso, a carga de 7 toneladas de alimentos que havia sido roubada da Fundação Nacional de Saúde ( Funasa) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Os alimentos, destinados a aldeias indígenas, estavam guardados num posto de gasolina da localidade. O caminhão foi
Os responsáveis pelo assalto e por atear fogo no caminhão foram identificados pela polícia e uma pessoa foi detida. Posto da Mata é o local onde se concentra a resistência à desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé e dá acesso às principais áreas ocupadas por políticos locais, um conjunto de cerca de 12 fazendas. No último domingo, as forças federais que realizam a retomada das terras ocuparam a área.
Os trabalhos de desocupação dos 165 mil hectares da TI Marãiwatsédé devem durar até o fim de janeiro. Já foram providenciados caminhões para retirada de móveis, de animais e de cargas pesadas, que estão à disposição dos posseiros. Parte das áreas ocupadas irregularmente está abandonada.
Segundo Paulo Maldos, da Secretaria Nacional de Articulação Social, a partir de agora a Força Nacional passará a dar apoio à saída das famílias de pequenos agricultores, que vinham sendo ameaçados caso retirassem suas mudanças.
— Este episódio mostra que, para avançar, o Brasil precisa assegurar o direito de todos, naquilo que corresponde. Os índios têm direito à terra e isso é constitucional e deve ser respeitado. Há quem confunda direito com privilégio e quem ainda acredite que conseguirá barrar a aplicação da lei por meio de contatos pessoais. Desta vez, vai valer a Constituição — disse Maldos.
Pelo menos seis inquéritos foram abertos pela Polícia Federal para apurar ameaças de morte, incitação à desordem e bloqueio de estradas na região de Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia, feitos por pessoas que tentam evitar a retirada dos não índios de Marãiwatsédé.
Segundo Maldos, nas últimas semanas houve até mesmo tentativas de levar pessoas de outros estados para ocupar a área, na tentativa de dificultar o trabalho das forças federais.
Os dois funcionários federais que estavam no caminhão foram ameaçados e torturados num pequeno hotel de Posto da Mata. Eles foram soltos em Porto Alegre do Norte depois que a mulher - uma funcionária da Sesai - passou mal, por sofrer de pressão alta.
Em Posto da Mata já foram identificados pelos órgãos policiais pessoas com histórico de prisão por homicídio, assalto a bancos, tráfico de drogas, sequestro e assalto a mão armada. A Polícia Federal e o Ministério Público investigam os envolvidos nos atos que tentam impedir o cumprimento da ordem judicial de desocupação da terra indígena.

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