06/01/2015 - Polícia encontra a arma roubada de sentinela da Granja do Torto

FONTE: SURGIU
Atualização: 12/12/2014 10:14

Espingarda estava em uma residência do Bairro Bela Vista, em Santo Antônio do Descoberto.

A arma do Exército Brasileiro, roubada na terça-feira (9/12), foi encontrada pela Polícia Militar de Goiás, por volta das 23h dessa quinta-feira (12/12), em uma casa do Bairro Bela Vista, em Santo Antônio do Descoberto, cidade do Entorno do Distrito Federal, segundo a Polícia Civil do estado. A espingarda calibre 12 era usada pelo soldado do posto de sentinela de uma das residências oficiais da Presidência da República, na Granja do Torto.


Segundo o delegado titular da Delegacia de Polícia de Santo Antônio do Descoberto, Felipe Socha, o rapaz afirmou que praticou o roubo sozinho. O motivo seria ameaça que estava sofrendo de um desafeto. Armado, ele foi até o local onde a pessoa estava, em um bar da região, e deu disparos para cima, apenas para intimidá-lo, segundo o suspeito. A Polícia Militar foi avisada e, depois de apurar, identificou o homem e entrou em contato com ele, pedindo que se apresentasse à polícia. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o homem tentou fugir, mas foi preso no momento em que seguia de carro para a casa da mãe dele.

Buscas foram feitas na casa dele, que diz ser soldado desertor, até que os PMs encontraram a arma. O Exército foi comunicado em seguida. O homem foi levado preso para a delegacia de Águas Lindas, onde foi feito o flagrante, e depois encaminhado para a DP de Santo Antônio do Descoberto, onde foi registrada a ocorrência por porte ilegal de arma e por disparo. Ele deve ser transferido ainda hoje para o presídio da cidade. 


O Exército também investiga o crime. Ontem, o ministro Gilberto Carvalho classificou a ação dos bandidos como “ousada” e definiu o desaparecimento como “gravíssimo”. A Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) só vai se pronunciar quando as investigações avançarem. O Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do crime e tem até 30 dias para concluí-lo.

Ao Correio, na última quarta-feira, o coronel Gilberto Breviliere, assessor de Comunicação do Comando Militar do Planalto, informou que a situação aconteceu na parte externa da residência da Granja do Torto. O oficial acrescentou que a segurança no local ganhou reforço após o roubo. Apesar disso, garantiu ontem, por meio de nota, que “o evento não ofereceu qualquer risco à segurança da Residência Oficial, em função do dispositivo planejado e disposto, de modo a proporcionar várias linhas de defesa, com recobrimento entre os postos.


O crime

À Polícia Civil, o soldado Danilo Marques garantiu que fazia a guarda no Posto 4, quando, por volta das 3h30 de terça-feira, ouviu um barulho no matagal próximo à guarita onde ele estava. Ao se aproximar, teria sido abordado por três homens armados e encapuzados, segundo o primeiro depoimento dado aos agentes civis. Danilo detalhou ainda que não reagiu, mas ficou em poder dos bandidos por cerca de uma hora e meia. Contou aos policiais que foi abandonado pelos assaltantes às 5h, na região do Lago Oeste, e, então, procurou ajuda. O militar foi afastado do trabalho para que o Exército siga com a apuração.

Para o coronel José Vicente, consultor de segurança e ex-secretário Nacional de Segurança Pública, o caso exige esclarecimentos. “Sabemos que a segurança da presidência é primorosa. Então, há duas hipóteses: uma falha da supervisão, pois não há falha isolada, ou conivência do soldado com os bandidos, de ter passado a arma e alegado a ação criminosa. É uma história que precisa ser bem apurada.” 

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