09/09/2012 - Capitão do Exército cria tecnologia pioneira de transmissão tridimensional
Capitão do Exército cria tecnologia pioneira de transmissão tridimensional
‘Teletransporte’ já é realidade com tecnologia carioca
Pioneiro no mundo, sistema que transmite imagens de objetos e pessoas em 3D foi
desenvolvido por instituto de pesquisa do Rio
MARIA LUISA BARROS
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Quem nunca sonhou em se teletransportar e em segundos ir de um lugar a outro como num
passe de mágica e sem trânsito? O desejo continua apenas na imaginação. Mas uma
tecnologia pioneira desenvolvida por cientistas cariocas oferece ao mundo pela primeira
vez uma sensação de realidade jamais vista. O projeto batizado de Virtual Teleporter
permite enviar pela Internet imagens tridimensionais de pessoas e objetos de qualquer canto
do planeta e em tempo real.
Com auxílio de um par de câmeras e um projetor, pesquisadores do Instituto Nacional de
Matemática Pura e Aplicada (Impa) e do Instituto Militar de Engenharia (IME) conseguiram
recriar cenas virtuais que podem ser reproduzidas como se os objetos tivessem viajado no
espaço. “Com essa tecnologia, uma montadora chinesa, por exemplo, poderá enviar a imagem
real do protótipo de um veículo para engenheiros no Brasil”, explica o professor Luiz Velho,
do Impa, que orientou a pesquisa do engenheiro do IME, Bruno Eduardo Madeira.
As imagens capturadas por duas câmeras que funcionam como o olhar humano são processadas
e enviadas para um equipamento que projeta as cenas sobre um monitor na horizontal.
O resultado é impressionante. Com o uso de um óculos 3D, o pesquisador Bruno Madeira,
33 anos, fica lado a lado com sua própria imagem em miniatura, que se move diante de seus
olhos.
Além da demonstração de protótipos, a nova tecnologia poderá ser utilizada também em
salas de videoconferência e em cursos a distância. “Em vez de colocar dezenas de alunos
dentro de um centro cirúrgico, a cirurgia poderá ser transmitida para vários lugares. Os
alunos vão ver o paciente com a mesma qualidade de imagem com a qual o cirurgião estiver
vendo”, garante Bruno Madeira.
Arte: O Dia |
A nova tecnologia que mais parece ter saído de um filme de ficção científica foi patenteada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e já está sendo negociada com empresas. A ideia é usar o sistema na transmissão dos jogos da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas, em 2016.
Com um par de óculos 3D, o torcedor terá a visão de uma miniatura do jogo de futebol ou de outro esporte
reproduzida sobre uma tela disposta na horizontal pela empresa que adquirir o sistema.“É
como o videogame. Quando surgiu, poucas pessoas tinham. Hoje está em todas as casas”,
prevê Bruno.
No Rio, ilha de excelência
Criado pelo governo federal em 1952, o Impa é uma ilha de excelência e um dos maiores centros
de pesquisa do mundo. Atrai todos os anos pesquisadores da Europa, Ásia e américas do Norte
e do Sul. É considerado o instituto de matemática de maior prestígio na América Latina.
Do terreno de 15 mil metros quadrados no Horto, cercado pela Floresta da Tijuca, saem
aplicativos para iPhone, simuladores de realidade virtual e superbinóculos com zoom. Até o início
do ano, detinha o recorde com uma imagem do Rio que possuía a maior resolução gráfica do planeta.
Tem atualmente 51 pesquisadores efetivos, alem dos pesquisadores visitantes, bolsistas
de pós-doutorado, assistentes de pesquisa e alunos de doutorado e mestrado. “Estamos
construindo o futuro, transferindo tecnologia para a sociedade”, diz Luiz Velho.
O Dia Online/montedo.com
Nota do editor: a matéria não diz, mas Bruno é capitão do Exército, lotado no Instituto
Militar de Engenharia, o IME, onde, juntamente com o ITA, Dilma não permitiu o sistema de
cotas.
Se você quiser saber mais sobre o projeto, clique aqui.
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