- Militares já patrulham ruas do Rio


Militares já patrulham ruas do Rio
12 Jun 2012
Márcia Foletto
Antônio Werneck
A parte visível da operação montada para dar segurança aos chefes de Estado e de governo durante a Rio+20 — a maior que o Rio já experimentou — começou ontem com a presença ostensiva de 3.200 fuzileiros navais e de militares do Exército em pontos estratégicos na cidade, como o Aeroporto Internacional Tom Jobim, a Linha Vermelha e as principais vias da Zona Sul. Como na semana passada, navios de guerra e embarcações da Marinha aumentaram sua presença no mar, patrulhando a orla do Leme à Barra da Tijuca. Diferentemente do que ocorreu na Rio-92, não há previsão de militares ocuparem favelas.
Na prática, o início da operação aconteceu por volta das 5h de ontem, quando a primeira chefe de Estado foi recepcionada por equipes de segurança no Aeroporto Tom Jobim e seguiu para um hotel da Zona Sul. A princesa Maha Chakri Sirindhorn, herdeira do trono da Tailândia, desembarcou por volta das 8h. A operação teve apoio de batedores e de um helicóptero militar que transmitiu imagens em tempo real para o Centro de Controle das Operações, no CML.
— Na nossa avaliação, foi o primeiro teste, e a segurança foi perfeita. Nenhum problema grave foi detectado. Nós consideramos sua segurança de nível leve em termos de risco — disse uma autoridade envolvida no esquema de segurança.
Ao todo, 20 mil homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica começaram a patrulhar a cidade para a Rio+20, além de sete mil das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal. Há cerca de 2.500 homens da Polícia Federal diretamente envolvidos, mas são esperados na cidade mais mil federais nos próximos dias. A Polícia Rodoviária Federal informou que 1.300 homens vão patrulhar as principais rodovias do estado. Segundo o CML, haverá o apoio de 32 helicópteros e cinco centros de monitoramento e controle.
Prioridades mudaram em relação à Rio 92
Desta vez, haverá uma preocupação diferente em relação à Rio 92: com as favelas pacificadas, o destaque é o investimento tecnológico, para prevenir possíveis ataques cibernéticos e fazer o monitoramento da cidade, do evento e do deslocamento de autoridades por meio de 550 câmeras da prefeitura e de três helicópteros do Exército equipados com câmeras que vão vigiar tudo.
Entre as novidades, está o Centro de Monitoramento Cibernético, para evitar possíveis ataques aos sites oficiais responsáveis pela divulgação de documentos durante a Rio+20. Apenas no centro, foram investidos R$20 milhões para implantação de um sistema que contará com uma rede própria de wi-fi e capacidade para 30 mil acessos simultâneos, somente para quem estiver dentro do Riocentro. Para proteger a conferência de um eventual corte de energia, foram instalados também três geradores na área do pavilhão de exposições.
A Marinha informou que tem previsão de empregar 3.200 militares, que vão atuar principalmente na segurança terrestre e marítima. Na orla, serão usadas 26 embarcações e seis aeronaves. Na área considerada de maior risco para a segurança, entre a Ilha do Governador e o Centro, o patrulhamento ostensivo ficará a cargo dos fuzileiros navais. O Exército cuidará do trecho entre o Centro da cidade e o Riocentro. Além da segurança externa do evento, mil homens da 4 ªBrigada de Infantaria Motorizada farão a segurança do pavilhão.
Estarão mobilizados 300 especialistas das unidades antiterror do Exército e da Marinha. Homens treinados para defesa de ataques químicos e bacteriológicos ficarão em estações de descontaminação. Existe planejamento até para um eventual colapso na segurança pública do estado, como uma paralisação geral das polícias Civil e Militar.
COLABORARAM Flávia Milhorance e Evelyn Soares Carvalho

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