12/09/2015 - SOLDOS. Militares apreensivos temem que crise acabe prejudicando reajuste salarial.
O
governo vive a pior crise do século e quer dividir com a sociedade o
ônus de seguidos erros da equipe econômica. Levi, na noite dessa
quinta-feira, depois do anúncio do rebaixamento do Brasil, chegou a
dizer que a sociedade não se importaria de pagar mais impostos se isso
elevar a credibilidade do país.
O
governo avisou que vai cortar gastos dentro da máquina estatal. Mas,
como ninguém acredita que o governo petista vai reduzir de forma
significativa o número de cargos de confiança, ha temores de que
categorias ligadas ao poder executivo, como os militares, acabem sendo
as mais prejudicadas, já que os índices de reposição salarial ainda não
foram anunciados.
INSS,
funcionários de hospitais federais e funcionários da justiça federal
estão entre os muitos funcionários públicos em intensa negociação em
busca de reajustes salariais maiores do que o prometido pelo governo.
No Rio o funcionalismo público deve receber um reajuste de 10% já no mês de outubro.
Em Brasília os servidores do INSS só conseguiram arrancar do governo a promessa de 10.8% de reajuste.
Alguns
leitores do site já demonstram preocupação com a demora no anúncio do
índice de reajuste a ser concedido para os militares das Forças Armadas.
“se o comandante já falou que é maior que 21% o que falta pra anunciar? Acho que isso é papo furado”
“Os primeiros a se ferrar serão os militares, alguém duvida disso?”
A
verdade é que os militares têm razão para ficar apreensivos, depois das
palavras do comandante do Exército no início de agosto, quando disse
que será “aumento em 25% até 2019”, o governo mantém silencio absoluto
sobre o reajuste.Jornais
dizem que “fontes do Ministério da Defesa” anunciaram que vai ser
parcelado em quatro vezes e que a primeira parcela será de 5.5%.
Contudo, essa informação, que não revela as tais fontes, parece não ser
correta. A parcela de 5.5% foi anunciada para o funcionalismo civil, que
deve receber 21.3% de reajuste.
Se for confirmado o índice de 25% para as Forças Armadas, espera-se que a primeira parcela seja bem mais próxima de 6%.
Com a primeira parcela de 6%, um terceiro sargento do Exército, que recebe soldo de R$2.949 deve ter o mesmo reajustado para R$3.125. Um soldado, que recebe R$ 642, deve receber um reajuste de R$ 38, ficando com um salário de R$680,00
Levando
em consideração que nos últimos meses a energia elétrica teve mais de
40% de reajuste, em média, e que o botijão de gás foi reajustado em 15% depreende-se facilmente que esse reajuste não cobre sequer as perdas dos últimos meses.
Nessa manhã de sexta (11/09) os telejornais afirmaram que a inflação dos últimos 12 meses ficou por volta de 9.5%.
Esses
índices deixam bem claro que o governo federal na verdade está
reduzindo o salário dos militares das Forças Armadas. Os comandantes
militares têm que se posicionar e insistir para que acabe esse
parcelamento de reajustes, que deixa os militares amarrados por quatro
anos a índices que só acentuam suas perdas.
Que
seja feito como no passado, reponha-se as perdas inflacionárias do
período anterior e só isso. No ano seguinte as negociações seriam
retomadas com base em índices reais.
Infelizmente,
ninguém cconsegue explicações sobre os motivos que levam o governo a
adiar o anuncio do índice e obviamente a cada dia as especulações sobre
isso aumentarão. Revista Sociedade Militar
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