O comportamento dos quatro comandantes das Forças Armadas


JÚNIA GAMA

O discurso da presidente Dilma Rousseff na cerimônia de posse dos membros da Comissão da Verdade desagradou a caserna. A avaliação de oficiais das Forças Armadas é de que as palavras de Dilma foram "duras" e, em determinados momentos, soaram como "provocações". Trechos como "a truculência ilegal do Estado", "regimes de exceção sobrevivem pela interdição da verdade" e "a força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente" foram apontados como falas agressivas da presidente.
O comportamento dos quatro comandantes das Forças Armadas deixou transparecer o desconforto provocado pelo discurso da presidente. O almirante Júlio Soares de Moura Neto, o general Enzo Martins Peri, o brigadeiro Juniti Saito, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, permaneceram escondidos atrás de uma larga pilastra no salão onde ocorreu a cerimônia e não aplaudiram em momento algum as palavras da presidente.
Para oficiais da reserva, a fala da presidente foi "parcial" e "desprestigiou" os militares. O presidente do Clube Naval, almirante Veiga Cabral, afirma que o discurso reforça a preocupação dos militares de que a Comissão da Verdade não conduza as apurações de forma "equilibrada". http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=17/05/2012&page=mostra_notimpol

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