02/12/2015 - Justiça Militar da União recebe denúncia contra traficantes que assassinaram cabo do Exército no Complexo da Maré
Nessa terça-feira (1º), o juiz da 3ª Auditoria do Rio de Janeiro
recebeu denúncia contra os seis indiciados, todos traficantes, pelo
assassinato de um militar do Exército, no dia 28 de novembro de 2014. A
vítima, o cabo Michel Augusto Mikami, atuava na Força de Pacificação do
Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar
(MPM), o crime ocorreu quando a Força de Pacificação da Maré fazia um
patrulhamento a pé na comunidade da Vila Pinheiros. Nesse momento o 1º
Pelotão, do qual fazia parte o cabo Mikami, foi convocado para apoiar o
2º Pelotão, que se encontrava detido por fogos de traficantes em outro
local.
Durante o trajeto para socorrer os outros militares, o pelotão de
Mikami sofreu uma emboscada dos traficantes e o militar foi atingido na
cabeça. No laudo de balística, consta que o projétil, que ficou
encrustado no capacete do militar, era de calibre 7,62 x 39 mm e
compatível, entre outros, com o fuzil AK 47 de origem russa.
Além disso, o material era incompatível com o armamento utilizado pelas Forças Armadas brasileiras.
As investigações mostraram que a Vila Pinheiros era um local
frequentemente utilizado pelo “gerente geral” da facção criminosa
Terceiro Comando Puro (TCP), para fazer reuniões com os “gerentes” da
organização criminosa pertencentes a outras comunidades.
O local foi escolhido pelo grupo por oferecer maior segurança aos
seus membros, que realizavam a reunião no entroncamento das vias,
possibilitando uma eventual fuga em diferentes direções.
No dia do crime, ocorria na Vila Pinheiros uma das reuniões do TCP.
Ao receberem o alerta de aproximação da tropa, os traficantes, entre
eles, o líder do grupo, ao invés de fugirem, assumiram posições de
emboscada e iniciaram o fogo cruzado com os militares.
A denúncia pelo crime de homicídio qualificado é dirigida contra os
seis integrantes do grupo criminoso envolvidos no episódio e que se
encontram foragidos.
A promotoria também caracterizou a ocorrência de tentativa de
homicídio contra outros treze militares integrantes do pelotão do
Exército atingido na emboscada.
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