21/01/2015 - Vídeo mostra força especial do Exército encurralada na Maré

Vídeo mostra força especial do Exército encurralada na Maré - Brasil - Notícia - VEJA.comFONTE: VEJA Rio de Janeiro
Troca de tiros durante a madrugada deixou moradores assustados, mas não houve registro de feridos
Leslie Leitão, do Rio de Janeiro
Soldado realiza patrulha em um blindado da Marinha no complexo de favelas da Maré no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)
A madrugada foi de intenso tiroteio no Complexo da Maré, área que mais de 2.000 homens do Exército ocupam desde abril, tentando preparar o terreno para a chegada das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), prevista para o final de novembro. Um vídeo gravado por um morador revela a situação conflagrada de um território que, assim como muitos outros, está longe de poder chamar de pacificado. Durante quase dois minutos, um soldado de uma das forças especiais do Brasil, a Brigada Paraquedista, se vê encurralado dentro de uma quitanda na Favela Salsa e Merengue, debaixo de uma chuva de tiros de fuzil.

Na última semana, dois soldados ficaram feridos em confrontos ocorridos na região, que vive uma guerra entre as três facções criminosas do Rio na disputa pelos pontos de venda de drogas. Outro episódio recente, no dia 1º de outubro, deixou dois suspeitos mortos num tiroteio com os militares. Naquela mesma tarde, a Avenida Brasil chegou a ficar fechada por 40 minutos para evitar que inocentes se ferissem, e alunos ficaram sem aula. No confronto de desta quinta-feira, várias pessoas que esperavam atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região foram obrigadas a se esconder debaixo de macas e cadeiras.
Leia também: O Brasil precisa de uma nova polícia

A ocupação da Maré foi decidida pelo então governador Sergio Cabral, no final de março, numa tentativa de resposta aos ataques em série que bandidos vinham impondo a várias favelas que contam com UPPs, como Manguinhos, Lins, Alemão e Rocinha. Na época, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, foi contrário à ideia, mas aceitou a decisão de Cabral, que pediu ajuda à presidente Dilma Rousseff e ao ministro José Eduardo Cardozo, que enviaram tropas do Exército.

Uma nova turma de 1.500 jovens soldados da Polícia Militar vai se formar no início de novembro e, aos poucos, começará a substituir os homens do Exército na Maré: “Vai ser feito como foi feito no Alemão, com uma passagem de comando gradativa, por área”, explica um oficial da Polícia Militar, preocupado com o cenário que enfrentará. A preocupação faz sentido, afinal, os complexos do Alemão e da Penha, mesmo contando com oito UPPs, vivem sob fogo cruzado.

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