16/06/2013 - Brasileiro que comandará força militar da ONU na RD Congo faz visita de reconhecimento

General de divisão brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz participou de coletiva de imprensa ao lado do atual representante especial do secretário-geral para o país, Roger Meece, que deixará o cargo em julho.
General de divisão brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz em visita de reconhecimento do terreno na RD Congo. Foto: MONUSCO/Sylvain Liechti
General de divisão brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz em visita de reconhecimento do terreno na RD Congo. Foto: MONUSCO/Sylvain Liechti
O representante especial do secretário-geral na República Democrática do Congo, Roger Meece, anunciou nesta terça-feira (11) sua saída da Missão das Nações Unidas de Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO).
Meece fez o anúncio em Goma durante uma coletiva de imprensa no aeroporto que contou com a participação do novo comandante da força militar da MONUSCO, o general de divisão brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Santos Cruz foi nomeado para o cargo no último dia 17 de maiopelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ele substitui o general de divisão indiano Chander Prakash Wadhwa, cujo mandato foi concluído em 31 de março.
Mapa da RD Congo. Goma fica na região leste do país, onde os conflitos são frequentes. Imagem: CIA World Factbook
Mapa da RD Congo. Goma fica na região leste do país, onde os conflitos são frequentes. Imagem: CIA World Factbook
Em seu discurso à imprensa sobre questões de segurança, Roger Meece disse que manteve consultas permanentes com as autoridades provinciais de Kivu do Norte e da MONUSCO sobre a evolução da crise. “Esta última viagem a Goma consistiu em avaliar a situação de segurança, bem como recepcionar o novo Comandante da Força da MONUSCO, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que também veio para se familiarizar com a situação no terreno.
Do aeroporto, Roger Meece foi informado mais tarde pela Brigada de Kivu do Norte sobre a situação de segurança em geral dentro do quadro de trabalho do processo de paz, além de ter se encontrado com o governador de Kivu do Norte, Julien Paluku, representantes da sociedade civil e com o presidente da Assembleia provincial.
Santos Cruz na colina de Munigi, com vista para a cidade de Goma. Foto: MONUSCO/Sylvain Liechti
Santos Cruz na colina de Munigi, com vista para a cidade de Goma. Foto: MONUSCO/Sylvain Liechti
Em uma reunião com a equipe sênior de gerenciamento da MONUSCO, Meece parabenizou o trabalho realizado, tanto dos militares quanto dos civis, apesar das difíceis condições de segurança em que vivem e trabalham.
Roger Meece passou três anos na RD Congo como representante especial do secretário-geral. Ele deverá deixar Kinshasa em julho de 2013, quando será substituído pelo alemão Martin Kobler, nomeado na última segunda-feira (10), que chefiava atividades da ONU no Iraque e já atuou nas forças de paz do Afeganistão.

Santos Cruz: proteção de civis é a prioridade

“A prioridade é a proteção de civis. Então, nós não aceitamos crimes, ataques contra a população ou contra as Nações Unidas, e vamos utilizar todos os meios a partir de agora”, disse Santos Cruz a jornalistas na coletiva em Goma, capital da província de Kivu do Norte. “Não é aceitável (para mostrar) tolerância em crimes como assassinato, estupros, saques, recrutamento forçado.”
A missão da ONU na RD Congo existe há 15 anos e é a maior da organização. Seu mandato tem como objetivo principal a proteção da população civil, que sofre com a ação de grupos rebeldes e milícias étnicas da região da África central, rica em minerais.
missão possui quase 17 mil soldados, cerca de 500 observadores militares e 1.400 policiais. Outros 4.500 civis também integram a missão.
Em março deste ano, o Conselho de Segurança da ONU criou uma brigada de intervenção dentro da MONUSCO com o objetivo de combater os grupos armados.
Santos Cruz informou aos jornalistas que a nova unidade, prevista para ter cerca de 3 mil soldados, tem atualmente 40% do seu efetivo e deve estar funcionando plenamente até o final de julho. A brigada, composta de tropas da Tanzânia, Malauí e África do Sul, começou a ser implantada em Goma no dia 13 de maio deste ano.
As fotos da visita e da coletiva de imprensa em alta resolução estão disponíveis e podem ser utilizadas, desde que seja dado o correto crédito: MONUSCO/Sylvain Liechti. Acesse emhttp://on.fb.me/172TM8L

FONTE: ONUBR

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