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22/03/2013 - Canadá e Paraguai enviarão militares para o batalhão brasileiro no Haiti

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Militares canadenses e paraguaios integrarão o contingente do Brasil que será enviado ao Haiti, entre 13 de maio e 4 de junho, para participar da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Antes, os 61 militares e quatro oficiais passarão por treinamento em Campo Grande (MS), na área de influência do Comando Miltiar do Oeste (CMO).

A participação dos pelotões estrangeiros foi autorizada pela presidenta Dilma Rousseff e oficializada, nesta quarta-feira, em carta-resposta entregue pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, ao embaixador do Canadá no Brasil, Jamal Khokhar. A carta-resposta que autoriza a participação paraguaia já fora remetida à autoridade daquele país.
Na oportunidade, o general De Nardi participou de reunião bilateral que contou com autoridades canadenses no Ministério da Defesa. No encontro, o embaixador Khokhar mostrou interesse de empresas canandenses em participar da disputa para a construção do satélite geoestacionário brasileiro que terá uma banda destinada às comunicações estratégicas militares. De Nardi informou que o assunto encontra-se no âmbito do Ministério das Comunicações.
Força de paz no Haiti

A partir do interesse do governo canadense de enviar um pelotão ao Haiti, iniciaram-se os trâmites legais junto aos meios diplomáticos. Coube à ONU encaminhar a proposta ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) que, por sua vez, remeteu-a ao Ministério da Defesa. Nesse momento, o ministro da Defesa, Celso Amorim, apresentou documento ao crivo da presidenta Dilma, a quem cabe autorizar a presença de militares estrangeiros em treinamento no território nacional.
O Diário Oficial do dia 13 de março publicou a Exposição de Motivos nº 33, de 8 de março, com autorização para que os militares canadenses participem de treinamento e posterior integração ao Batalhão Brasileiro na Missão de Paz das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
O treinamento será realizado entre 22 de abril e 3 de maio junto com o efetivo do Brasil e o grupo do Paraguai. Em seguida, os militares serão encaminhados ao Haiti. Na conversa com as autoridades do Canadá, o general De Nardi explicou que a Defesa passará a contar com o aparato militar existente naquele país anterior ao terremoto de 2010. Na prática, o governo brasileiro deixará de contar com um batalhão, especialmente constituído para ajudar na reconstrução daquele país.
“O Haiti traz para nós um ganho enorme. Esse deslocamento e a parte logística trouxeram enorme conhecimento para que pudéssemos empregar aqui no Brasil. A participação nossa na pacificação do Complexo do Alemão, no Rio, é um exemplo”, disse De Nardi.
Além da missão ao país caribenho, a reunião com os canadenses serviu também para que fossem apresentadas as atuações das Forças Armadas do Brasil, sempre em apoio aos movimentos da ONU, no mundo. De Nardi relatou sobre a atuação brasileira na República Dominicana, Angola, Timor Leste, Haiti e Líbano.
O chefe do EMCFA falou também da aproximação do Brasil com os países da América Latina e a criação da UNASUL, que permite ao país ligação mais estreita com os vizinhos sul-americanos. De Nardi tratou também do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN) e dos programas de investimentos incluídos no documento, como Prosub, Sisfron e KC-390.
Grandes Eventos

A vice-ministra do Conselho Privado do Canadá, Janice Charette, e o secretário-geral adjunto de Relações Exteriores, Peter Boehm, indagaram De Nardi sobre como o Brasil está se preparando para os grandes eventos.  O chefe do EMCFA explicou que as Forças Armadas, no ano passado, adquiriram enorme experiência com a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e que o aprendizado será utilizado na Copa das Confederações, em junho deste ano, e na visita do Papa Francisco, em junho, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
“O mesmo aprendizado servirá para a Copa Fifa 2014 e os Jogos Olímpicos que ocorrerão, em 2016, no Rio de Janeiro”, explicou De Nardi.

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