11/02/2013 - Exército chega ao noroeste do estado para ajudar famílias


Exército chega ao noroeste do estado para ajudar famílias

Várias comunidades estão alagadas devido à enchente do Rio Branco, deixando inclusive as aldeias indígenas Arara e Cinta-Larga, isoladas. A preocupação é grande, porque na região habitam aproximadamente 800 índios das duas etnias


Edson Prates
Exército chega ao noroeste do estado para ajudar famílias
 A situação continua crítica por causa das fortes chuvas que vêm caindo com frequência no município de Aripuanã, localizado a 980 quilômetros de Cuiabá, ao noroeste de Mato Grosso. Várias comunidades estão alagadas devido à enchente do Rio Branco, deixando inclusive as aldeias indígenas Arara e Cinta-Larga, isoladas. A preocupação é grande, porque na região habitam aproximadamente 800 índios das duas etnias.
No final da tarde desta sexta-feira (8) um helicóptero da Força Aérea Brasileira esteve no município, após solicitação da equipe médica da CASAI (Casa de Saúde Indígena), para socorrer dois índios da etnia Cinta Larga que necessitam de atendimento médico urgente. Segundo informações dos profissionais de saúde, eles aguardam por socorro há dias e, como não foi possível chegar ao local por terra, não se sabe qual o estado de saúde dos indígenas.
Todo esforço pela busca foi em vão, porque no momento chovia muito e não foi possível encontrar a aldeia que fica a 120 quilômetros de distancia da sede do município de Aripuanã. Devido ao horário, a aeronave teve que retornar a base, em Ji-Paraná (RO), e as buscas deverão continuar na manhã deste sábado.
Na aldeia dos Araras, que margeia o Rio Branco, as cabanas estão completamente alagadas e os índios foram forçados a procurar abrigo na escola da comunidade. O problema atinge também a população de Conselvan (80 km de Aripuanã), lá mais de seis mil pessoas também estão isoladas em razão do aumento do volume de água do Rio Branco.
Populares que precisam se deslocar até a sede do município são transportados de barco com a ajuda dos índios Araras até a outra margem do rio. Aqueles que necessitam de atendimento médico são removidos para outro veiculo que segue o restante do caminho até o Hospital Municipal na sede de Aripuanã. O transporte só é possível ser feito no período das 8 às 18 horas por causa da escuridão.
Esta semana um morador de Conselvan, com suspeita de picada de cobra, teve que ir de carro até a ponte, e ainda percorrer mais de 2 quilômetros de alagamento em um bote até chegar ao local seco, onde uma ambulância o aguardava para encaminha-lo ao hospital.

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