07/02/2013 - Novos Ataques de Facções Criminosas no Brasil


Novos Ataques de Facções Criminosas no Brasil

André Luís Woloszyn*

Um membro da unidade de elite BOPE da Polícia Paramilitar mostra armas de ataque, munições e drogas apreendidas durante uma operação na favela Serrinha, em Madureira, Rio de Janeiro, Brasil, em 6 de fevereiro. (Foto: AFP/Christophe Simon)
Um membro da unidade de elite BOPE da Polícia Paramilitar mostra armas de ataque, munições e drogas apreendidas durante uma operação na favela Serrinha, em Madureira, Rio de Janeiro, Brasil, em 6 de fevereiro. (Foto: AFP/Christophe Simon)
O estado de Santa Catarina, região sul do Brasil, enfrenta um novo ataque da organização criminosa denominada Primeiro Grupo da Capital (PCG), atingindo mais de 18 municípios com a queima de veículos, ataques a prédios públicos e ferimentos em diversas pessoas. As ações, cuja ordem partiu de dentro de um presídio onde estão encarceradas as lideranças do PCG, vêm alterando o cotidiano da população, impondo um toque de recolher não oficial, causando medo e apreensão.
Os episódios guardam semelhanças, se comparados aos ocorridos em São Paulo, patrocinados pelo PCC em 2012, que perduraram por quase seis meses, resultando em mais de 300 mortos, a maioria policiais militares. As semelhanças sugerem que possam ter partido do mesmo manual, uma doutrina nacional de enfrentamento à sociedade adotada pelas organizações criminosas com base na facção paulista. As ações expressam sempre os mesmos motivos: a transferência de presos, o tratamento destinado a estes por agentes estatais e as péssimas condições apresentadas no interior das penitenciárias brasileiras.

Este último episódio ocorreu dias após cenas divulgadas pela internet mostrando o interior de uma penitenciária na cidade de Joinvile, onde policiais ou agentes penitenciários aparecem agredindo presos imobilizados com balas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Ações desta natureza vêm recrudescendo por parte de diversas facções nos últimos seis anos em vários estados como São Paulo, Rio de Janeiro e, agora, Santa Catarina, trazendo, além da intranquilidade pública, grandes prejuízos econômicos.
A maior incongruência deste cenário de violência é a de que as pessoas que praticaram tais ações são presas e retornam aos “quarteis-generais” do crime, locais de onde partiram as ordens e o planejamento para os ataques.
*André Luís Woloszyn, Analista de Assuntos Estratégicos dialogo

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