03/02/2013 - Equipe em expedição na Operantar XXXI aponta dados sobre vegetação da Ilha Rei George

 Equipe em expedição na Operantar aponta dados sobre vegetação da Ilha Rei George

Pesquisadores da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) do Campus São Gabriel encerraram o período de estudos no continente antártico. O projeto faz parte da OPERANTAR XXXI (31° Operação Antártica), organizada pelo Ministério da Defesa através do Comando da Marinha. A OPERANTAR conta com 21 projetos científicos de diferentes áreas de conhecimento envolvendo cerca de 200 pessoas, entre pesquisadores e alpinistas.
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Pesquisadores da UNIPAMPA em uma área colonizada recentemente próxima ao Glaciar Acology

O grupo em expedição é coordenado pelo professor Antônio Batista Pereira e composto pelo acadêmico de Biologia Gillian Nunes, pelo professor Filipe Victoria e pela pesquisadora Margéli Pereira de Albuquerque. A equipe ainda conta com o apoio do alpinista Francisco Petroni, membro do Clube Alpino Paulista (CAP).

Resultados
Nesta viagem foram monitoradas comunidades vegetais das áreas de degelo na região de Arctowski naIlha Rei George, através de estudos fitossociológicos. Os resultados da pesquisa apontam, a princípio, um significativo aumento da vegetação no local.
Entretanto, poucas espécies apresentaram aumento de população. Uma delas é a Deschampsia antartica Desv., a única espécie de graminea encontrada no continente antártico. Segundo o professor Filipe Victoria, isso não era uma realidade há dez anos, quando o projeto fez a primeira avaliação desta mesma área e esta planta era encontrada com tanta frequência.
Diferentemente dos musgos Sanionia uncinata (Hedw.) Loeske e o Liquen Usnea antartica Du Rietz, que estão presentes na maioria das comunidades vegetais, e que já haviam sido relatados pelas pesquisas anteriores. Já a espécie Usnea aurantiaco-atra (Jaq.) Bory está restrita aos lugares mais altos do local.

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Equipe do projeto avaliando a composição florística de uma das
comunidades vegetais estudadas na região de Arctowski.

Os dados ainda estão sendo tabulados para análises mais detalhadas. Além disso, os pesquisadores realizaram coletas de material para continuar com as pesquisas no laboratório do Núcleo de Estudos da Vegetação Antártica, no Campus São Gabriel.
Segundo o professor Filipe Victoria, ainda é cedo para afirmar se esses resultados se devem às mudanças ambientais no local ou à sucessão ecológica (conjunto de mudanças ambientais pelas quais passa uma vegetação) que ainda é desconhecida para este tipo de localidade. Serão realizados experimentos de cultivo e biologia molecular para tentar encontrar indícios que possam explicar as mudanças encontradas na pesquisa.

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