30/11/2012 - Reunião em SP trata da participação de militares na segurança de grandes eventos

Reunião em SP trata da participação de militares na segurança de grandes eventos

Encontrou abordou também Operação Atlântico III, de adestramento das tropas 
na proteção a infraestruturas do país

São Paulo, 30/11/2012 – Às vésperas do sorteio das chaves das seleções que vão disputar a Copa das Confederações, em 2013, no Brasil, o Ministério da Defesa promoveu, nesta sexta-feira, uma reunião com os oficiais generais coordenadores das ações da Defesa para os chamados “grandes eventos”. O encontro aconteceu na sede do Comando Militar do Sudeste (CMSE), em São Paulo, sob a coordenação do Estado-Maior das Forças Armadas (EMCFA).

Além de preparativos para a própria Copa das Confederações, a reunião abordou medidas de segurança para a Copa do Mundo FIFA 2014, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em meados do próximo
 ano, e as Olimpíadas Rio 2016. Em videoconferência, foi feita também uma
 avaliação preliminar da Operação Atlântico III.

Para o chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, as Forças Armadas têm se
preparado para corresponder às necessidades do país em assegurar que os
 grandes eventos transcorram sem maiores transtornos.

De Nardi indicou aos oficiais generais que, pela complexidade, o maior desafio em
 termos de segurança será a visita do Papa Bento XVI. Ele disse também que os
 militares terão acompanhamento minucioso em duas questões: contraterrorismo
 e ataques cibernéticos.

“Vejo a visita do Papa como sendo o nosso maior desafio. Iremos trabalhar para
 que nada venha a manchar esse grande evento. É o compromisso que assumimos
 com a presidenta Dilma Rousseff”, assegurou o general.

Escolha de São Paulo

A capital paulista foi escolhida para
 reunir os oficiais generais pelo fato
 de sediar, neste sábado, o sorteio
 das chaves para formação da tabela
 da Copa das Confederações. Com a iniciativa, os coordenadores militares
 das 12 cidades-sede onde haverá
 jogos das Copas das Confederações
 e do Mundo, esta última em 2014,
puderam se inteirar de assuntos relacionados às competições
esportivas e ao evento religioso
promovido pela Igreja católica.

“Em segurança, não há espaço para erro”, explicou o general De Nardi. “Em reunião
com a presidenta Dilma, restou claro que não será aceito um só arranhão em qualquer
 dos grandes eventos”, disse. “Nos reunimos em São Paulo porque amanhã teremos o
 sorteio das chaves e esse exercício servirá de teste para os dois eventos”, completou.

Durante o encontro, De Nardi explicou, em linhas gerais, que as Coordenações de Defesa
 de Áreas (CDAs) devem estar estritamente ligadas aos comando  das operações para
 que o plano possa ser colocado em prática com o devido sucesso.

O general assegurou que o Governo Federal tem destinado os recursos financeiros necessários para a execução do planejamento. Segundo ele, além dos temas afetos
aos comandos, será dada atenção às ações de terrorismo e de ataque cibernético.
 No primeiro caso, caberá à Brigada de Operações Especiais, com sede em Goiânia (GO), liderar o plano de segurança. Já o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), situado no
QG do Exército, em Brasília, cuidará de proteger as redes de telecomunicações.

Na conversa, o chefe do EMCFA pediu ainda que cada oficial general presente levasse
as ideias discutidas na reunião para as respectivas sedes, como forma de desenvolvê-las
 e aprimorá-las. E destacou que qualquer deslize afetará não apenas a imagem da
 Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, mas de todo o Brasil.

Operação Atlântico III

Além do debate sobre a segurança dos grandes eventos, o EMCFA participou de videoconferência de avaliação da Operação Atlântico III. Na ocasião, os Comandos Militares apresentaram os principais resultados e as sugestões para as próximas operações conjuntas.

Segundo o general De Nardi, o exercício, que empregou 10 mil militares no Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, serviu de teste para o plano de segurança a ser colocado em prática já no próximo ano, quando ocorrem a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude.

Um dos pontos de destaque foi o adestramento, por parte da 1ª Divisão do Exército
 – Divisão Mascarenhas de Moraes, em pontos de infraestrutura, como a Refinaria
 Duque de Caxias, as linhas de transmissão de Furnas, a rede de telecomunicação
 da Embratel, em Tanguá, e as usinas nucleares, em Angra do Reis.

Na conversa, o chefe do EMCFA classificou como fator positivo a interoperabilidade
 das Forças e enfatizou que esse será o objetivo principal das operações conjuntas.
 Ele sugeriu ainda que, numa próxima edição, Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants)
sejam incluídos nos exercícios.  Por fim, anunciou que o Estado de São Paulo fará
 parte da área de adestramento da Operação Atlântico.

Fotos: Cb Thomas Garcia de Souza/CMSE
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4070

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