24/09/2012 - Paricatuba se mobiliza para ver o ensaio da “Operação Amazônia 2012”


Paricatuba se mobiliza para ver o ensaio da “Operação Amazônia 2012”

Paricatuba (AM), 24/09/2012 – Rilary Gabriela Pessoa de Souza tem apenas dois anos e não entende bem a movimentação de lanchas, helicópteros e aviões em frente ao flutuan

te da família ancorado à margem do Rio Purus. Enquanto a mãe Marigane Lopes Pessoa, 22 anos, lava as louças do almoço com a água do rio, ela corre para o colo do avô Evandro Chagas Ferreira Pessoa, 47 anos, e conta do receio de sair para longe da família.

“Ela tem medo de ser levada pelo avião. Mas eu digo para ela que não precisa ter medo. Essa é a nossa segurança”, conta seu Evandro que sustenta a família com as mercadorias de vende no seu mercadinho instalado no interior da embarcação.

Assim como Rilary, as 114 famílias que residem nas imediações de Paricatuba, a 250 quilômetros de Manaus (AM) estão se movimentando por causa da chegada do aparato militar para o preparo do chamado “teatro de operações”, num platô à beira do rio para receber o ministro da Defesa, Celso Amorim, e demais autoridades militares e civis parte da “Operação Amazônia 2012”.

Para seu Evandro e a mulher Marineide Aires Lopes, 40 anos, os moradores do lugarejo estão tendo a oportunidade de assistir ao treinamento das Forças Armadas. E, nesta segunda-feira, da porta principal da embarcação, a família assistiu ao ensaio militar. Tudo para que não ocorra qualquer falha quando o ministro Amorim estiver presente, na manhã de quarta-feira (26).

Pesca e agricultura

Sentada num pedaço de madeira, Marigane e a cunhada Maricelia Praia Maciel, 23 anos, estão se dividindo entre a lavagem das louças e as roupas da família. Elas aproveitam as águas do rio. As duas são o primeiro contato da família Pessoa de Souza. Logo chega a matriarca Marineide que informa serem a pesca e a agricultura as formas de receita das famílias do lugar.

“Temos uma vida simples. Quando alguém adoece precisa ser levado para Beruli, que fica seis horas de barco daqui. Temos escola apenas municipal e quem precisar continuar os estudos o jeito é mudar para Manaus”, conta a mãe de Rilary. Ela também tem o menino Richard Gabrieli Pessoa, de 3 anos, e explica que o nome da filha é uma homenagem a Hilary Rodan Clinton, secretária de Estado americano.

Marigane só não consegue explicar a grafia do nome da filha. O patriarca também não tem a fórmula. A família apresentou o nome no cartório e o escrivão aceitou. Nesse instante chega Maria Raimunda de Souza Moreira, 49 anos, agente de saúde e responsável pela remoção dos moradores doentes para outras regiões do Amazonas. Com uma lancha à disposição, dona Raimunda diz da dificuldade de conseguir combustível para o barco navegar.

“Tem uma moradora que está passando mal aqui perto. Vim aqui buscar o apoio das Forças Armadas para levá-la até onde tem um médico”, contou. Minutos depois, a paciente entrava numa lancha da Marinha do Brasil e seguia viagem até um navio hospitalar ancorado mais abaixo do lugarejo.

Poder salvar vidas, ou até mesmo permitir que os vizinhos consigam atendimento médico é parte da rotina de Maria Raimunda que agradece a rápida mobilização militar.

Enquanto a entrevista acontece, as crianças se divertem nas aeronaves. Meninos e meninas, curiosos com as máquinas potentes, fitam o desembarque de material.

Após algumas horas na região, onde ocorreram os treinos para a mobilização de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os motores dos helicópteros Pantera, Cougar e Black Hawk, do 4º Batalhão de Aviação do Exército. É o momento de retorno de parte da equipe para Manaus.

As crianças ainda se despedem na certeza de que dentro de mais algumas horas poderão encontrar perto de casa as máquinas que nunca tiveram contato. “É bem legal essa movimentação aqui”, diz Marigane ao concluir a lavagem das louças e levá-las para dentro do flutuante dos pais.

Fotos: Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4070
                                   
Foto: Paricatuba se mobiliza para ver o ensaio da “Operação Amazônia 2012”

Paricatuba (AM), 24/09/2012 – Rilary Gabriela Pessoa de Souza tem apenas dois anos e não entende bem a movimentação de lanchas, helicópteros e aviões em frente ao flutuante da família ancorado à margem do Rio Purus.  Enquanto a mãe Marigane Lopes Pessoa, 22 anos, lava as louças do almoço com a água do rio, ela corre para o colo do avô Evandro Chagas Ferreira Pessoa, 47 anos, e conta do receio de sair para longe da família.

“Ela tem medo de ser levada pelo avião. Mas eu digo para ela que não precisa ter medo. Essa é a nossa segurança”, conta seu Evandro que sustenta a família com as mercadorias de vende no seu mercadinho instalado no interior da embarcação.

Assim como Rilary, as 114 famílias que residem nas imediações de Paricatuba, a 250 quilômetros de Manaus (AM) estão se movimentando por causa da chegada do aparato militar para o preparo do chamado “teatro de operações”, num platô à beira do rio para receber o ministro da Defesa, Celso Amorim, e demais autoridades militares e civis parte da “Operação Amazônia 2012”.

Para seu Evandro e a mulher Marineide Aires Lopes, 40 anos, os moradores do lugarejo estão tendo a oportunidade de assistir ao treinamento das Forças Armadas. E, nesta segunda-feira, da porta principal da embarcação, a família assistiu ao ensaio militar. Tudo para que não ocorra qualquer falha quando o ministro Amorim estiver presente, na manhã de quarta-feira (26).

Pesca e agricultura

Sentada num pedaço de madeira, Marigane e a cunhada Maricelia Praia Maciel, 23 anos, estão se dividindo entre a lavagem das louças e as roupas da família. Elas aproveitam as águas do rio. As duas são o primeiro contato da família Pessoa de Souza. Logo chega a matriarca Marineide que informa serem a pesca e a agricultura as formas de receita das famílias do lugar.

“Temos uma vida simples. Quando alguém adoece precisa ser levado para Beruli, que fica seis horas de barco daqui. Temos escola apenas municipal e quem precisar continuar os estudos o jeito é mudar para Manaus”, conta a mãe de Rilary. Ela também tem o menino Richard Gabrieli Pessoa, de 3 anos, e explica que o nome da filha é uma homenagem a Hilary Rodan Clinton, secretária de Estado americano.

Marigane só não consegue explicar a grafia do nome da filha. O patriarca também não tem a fórmula. A família apresentou o nome no cartório e o escrivão aceitou. Nesse instante chega Maria Raimunda de Souza Moreira, 49 anos, agente de saúde e responsável pela remoção dos moradores doentes para outras regiões do Amazonas. Com uma lancha à disposição, dona Raimunda diz da dificuldade de conseguir combustível para o barco navegar.

“Tem uma moradora que está passando mal aqui perto. Vim aqui buscar o apoio das Forças Armadas para levá-la até onde tem um médico”, contou. Minutos depois, a paciente entrava numa lancha da Marinha do Brasil e seguia viagem até um navio hospitalar ancorado mais abaixo do lugarejo.

Poder salvar vidas, ou até mesmo permitir que os vizinhos consigam atendimento médico é parte da rotina de Maria Raimunda que agradece a rápida mobilização militar.

Enquanto a entrevista acontece, as crianças se divertem nas aeronaves. Meninos e meninas, curiosos com as máquinas potentes, fitam o desembarque de material. 

Após algumas horas na região, onde ocorreram os treinos para a mobilização de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os motores dos helicópteros Pantera, Cougar e Black Hawk, do 4º Batalhão de Aviação do Exército. É o momento de retorno de parte da equipe para Manaus.

As crianças ainda se despedem na certeza de que dentro de mais algumas horas poderão encontrar perto de casa as máquinas que nunca tiveram contato. “É bem legal essa movimentação aqui”, diz Marigane ao concluir a lavagem das louças e levá-las para dentro do flutuante dos pais.

Fotos: Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4070

Postagens mais visitadas deste blog

13/07/2015 - Exército brasileiro recebe dez cozinhas de campanha padrão Otan fabricadas na Espanha

20/08/2015 - Brasil avança no campo das bombas de voo controlado