10/09/2012 - Exército brasileiro vai receber 2.044 blindados até 2029


Iveco vai exportar o blindado Guarani



SÃO PAULO - A Iveco Veículos de Defesa, coligada do grupo Fiat, vai levar para o mercado internacional o novo blindado brasileiro Guarani, veículo padrão do Exército que pretende desenvolver dez diferentes configurações a partir da versão básica. O primeiro cliente externo será a Argentina, que finaliza um pedido de 14 unidades.
O diretor-geral da empresa, o engenheiro Paolo Del Noce, identifica outras ?boas possibilidades?de negócios no Chile, Colômbia e Equador - os três países lançaram programas para a substituição de suas frotas.
O Exército brasileiro vai receber 2.044 blindados até 2029, em grupos de 100 unidades por ano. O valor total da encomenda bate em R$ 6 bilhões - cerca de R$ 2,9 milhões cada. A linha de montagem da Iveco Defesa fica em Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. A compra do lote inicial de 86 unidades foi formalizada pelo governo no dia 7 de agosto. Parte da fatura de R$ 240 milhões cairá na conta do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) - Equipamentos. Na sexta-feira (07), em Brasília, durante o desfile oficial da Independência, o blindado Guarani participou pela primeira vez da solenidade, apresentado com o canhão israelense UT-30/Br de 30 mm.
Organizações como o Centro de Estudos Estratégicos e de Defesa da Universidade de Georgetown sustentam que a demanda mundial, exceto Estados Unidos e Rússia, para blindados médios, será de 20 mil veículos encomendados até 202o ou 2022. Pelo valor médio, estarão em discussão recursos da ordem de US$ 30 bilhões, ou cerca de R$ 60 bilhões. Paolo Del Noce acredita que o produto brasileiro possa entrar nessa disputa. ?Trata-se de um veículo com potencial de gerar interesse no mercado mundial.? Embora o Guarani seja propriedade intelectual conjunta do Exército e da Iveco, Del Noce acredita que poderá atender as necessidades da Marinha para equipar os Fuzileiros Navais. ?Nosso modelo é anfíbio para aplicações fluviais, todavia podemos adequá-lo ao emprego no mar?, disse.
A Fiat-Iveco inaugura até dezembro a fábrica dedicada aos produtos de defesa, dentro do complexo de Sete Lagoas. O investimento, segundo Del Noce, é de R$ 55 milhões. ?Quando as linhas de produção estiverem atuando a plena capacidade, o número de fornecedores imediatos será superior a 110, e os indiretos serão mais de 600?, sustenta. O índice de participação dos componentes nacionais é de 60% no Guarani. O Guarani é, a rigor, uma Viatura Blindada de Transporte de Pessoal - Médio sobre Rodas, um VBTP-MR. Terá navegador GPS, sensores de detecção laser e sistema ótico de visão noturna. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Comentários

  1. não entendo porque o governo não escolheu uma empresa brasileira ou de capital misto para fabricar os tanques, o projeto e a tecnologia viria do exercito. Isso ajudaria a construir uma nova engesa que nos anos oitenta era uma das principais industrias de armas brasileira que exportava para o oriente medio

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  2. Welton Moreira, realmente um empresa Brasileira como foi a Engesa poderia dar conta do recado, visto que a Engesa produziu o Urutú e o Cascavel, além de ter desenvolvido o tanque pesado Osório, que foi testado e considerado o "MELHOR DO MUNDO" (não foi ufanismo de brasileiro). No entanto ocorre que estes financiamentos para aquisição destes materiais vem através de acordos diplomáticos para cumprir as missões de paz. Esta aquisição em um pais como o nosso com problemas de saúde e educação certamente não teria apoio popular. Diga-se que igualmente à contrariedade da população em relação aos gastos feitos com a Copa do Mundo. Não é?

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