03/09/2012 - Polícia prende suspeito de fuzilar cabo da Aeronáutica
Polícia prende suspeito de fuzilar cabo da Aeronáutica
03/09/2012 - 11h30 .
Um homem suspeito de envolvimento na execução do cabo da Aeronáutica Luiz Henrique Pereira da Silva, de 31 anos, em Campinas, na noite de 19 de agosto, foi preso. Ele está detido desde a noite da última sexta-feira (31/8), segundo informe da Polícia Civil, após ser flagrado com drogas, juntamente com duas mulheres. A informação foi divulgada no final da manhã desta segunda-feira (3/9).
Além da autuação por tráfico de entorpecentes, ele ainda teve a decretação da prisão preventiva pela 1ª Vara Criminal de Campinas, depois de apuração e pedido da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), que também atuava no caso. O homem preso, segundo policiais, se autodenomina 'Geral 19' - que é uma das 'posições' da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O acusado foi identificado na Polícia Civil como Júlio Medis Emílio, de 42 anos.
Nesta 'função' dentro da organização, ele coordena várias ações na região de Campinas e cidades que possuam como código de telefonia o DDD 19. Esta é uma das características da facção para ser subdividida no Estado de São Paulo - usar os DDDs regionais para se determinar as 'células' da organização. O homem prestou depoimento nesta segunda-feira.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), Oswaldo Diez Júnior, as prisões aconteceram após dois meses de trabalho do setor de inteligência. 'Foi constatada a ação do homem na coordenação do tráfico de drogas na área central de Campinas e, também, que ele até esteve no local do crime do cabo da Aeronáutica após o corpo do militar ser encontrado', explicou Diez Jr. Esta atitude dele com outras conversas apontam para uma ligação no assassinato. Ele afirmou que os dados sobre participação de Júlio na execução do militar, ocorrida em 19 de agosto, vão ser encaminhados para o Setor de Homicídios, a fim de que as investigações continuem para chegar a outros suspeitos.
Com relação à ação de Júlio no tráfico de drogas, Oswaldo Diez Jr. relatou que as apurações apontaram que ele teria pessoas encarregadas de fazer a distribuição dos 'kits' (conjuntos de drogas) para os vendedores que estão nas ruas. As duas mulheres presas na última sexta-feira (31), eram duas delas. Josefa Maria Silva, de 41 anos, a Zefa, foi detida juntamente com Júlio, em um hotel da Rua Marechal Deodoro, Centro de Campinas. Já a outra acusada, Talita Brusco Venezian, de 18 anos, estava em pensão da Rua Cezário Mota, no Botafogo. Durante as abordagens, os policiais da Dise apreenderam dois 'kits' com pedras de crack.
O acusado Júlio informou, em depoimento, que suas atividades junto à facção criminosa eram na região central de Campinas, especialmente imediações da antiga rodoviária (Botafogo) e Terminal Central. A organização teria dado a ele o 'sinal verde' para ações nestas áreas.
'Estes locais são de atuação intensa dos traficantes por dois motivos principais: existência de pequenos hotéis e pensões, além de bares, onde ficam pessoas que não são identificadas e, por isto, têm facilidade em se esconder, e também por causa da existência de pessoas viciadas, que ficam a vagar pelas ruas a qualquer hora do dia ou da noite', avaliou o delegado.
A execução
O cabo da Aeronáutica Luiz Henrique da Silva foi literalmente 'fuzilado' dentro de seu Santana vermelho, perto de uma pizzaria, na noite de 19 de agosto deste ano. Foram apreendidos no local do crime 29 estojos de munição deflagrada calibre 5.56 (usada em fuzil). Ele foi alvejado seis vezes. O crime ocorreu em trecho da Avenida das Amoreiras, no bairro São João, área Oeste de Campinas. [
As investigações do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP) apontaram que o cabo pode ter sido assassinado por bandidos que queriam matar um policial militar. Mas ainda não se conseguiu esta confirmação. Um fuzil apreendido com quadrilha após tentativa de assalto em Sumaré, foi apreendido e mandado para a perícia. Para o SHPP, pode ser a mesma arma usada na execução de Luiz Henrique.
Integrante do PCC é apontado por Polícia Civil como participante de execução
de cabo da Aeronáutica
03/09/2012 - 11h30 .
| Adagoberto Baptista | Portal RAC | ||
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Santana em que o cabo estava ao ser executado
(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Um homem suspeito de envolvimento na execução do cabo da Aeronáutica Luiz Henrique Pereira da Silva, de 31 anos, em Campinas, na noite de 19 de agosto, foi preso. Ele está detido desde a noite da última sexta-feira (31/8), segundo informe da Polícia Civil, após ser flagrado com drogas, juntamente com duas mulheres. A informação foi divulgada no final da manhã desta segunda-feira (3/9).
Além da autuação por tráfico de entorpecentes, ele ainda teve a decretação da prisão preventiva pela 1ª Vara Criminal de Campinas, depois de apuração e pedido da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), que também atuava no caso. O homem preso, segundo policiais, se autodenomina 'Geral 19' - que é uma das 'posições' da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O acusado foi identificado na Polícia Civil como Júlio Medis Emílio, de 42 anos.
Nesta 'função' dentro da organização, ele coordena várias ações na região de Campinas e cidades que possuam como código de telefonia o DDD 19. Esta é uma das características da facção para ser subdividida no Estado de São Paulo - usar os DDDs regionais para se determinar as 'células' da organização. O homem prestou depoimento nesta segunda-feira.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), Oswaldo Diez Júnior, as prisões aconteceram após dois meses de trabalho do setor de inteligência. 'Foi constatada a ação do homem na coordenação do tráfico de drogas na área central de Campinas e, também, que ele até esteve no local do crime do cabo da Aeronáutica após o corpo do militar ser encontrado', explicou Diez Jr. Esta atitude dele com outras conversas apontam para uma ligação no assassinato. Ele afirmou que os dados sobre participação de Júlio na execução do militar, ocorrida em 19 de agosto, vão ser encaminhados para o Setor de Homicídios, a fim de que as investigações continuem para chegar a outros suspeitos.
Com relação à ação de Júlio no tráfico de drogas, Oswaldo Diez Jr. relatou que as apurações apontaram que ele teria pessoas encarregadas de fazer a distribuição dos 'kits' (conjuntos de drogas) para os vendedores que estão nas ruas. As duas mulheres presas na última sexta-feira (31), eram duas delas. Josefa Maria Silva, de 41 anos, a Zefa, foi detida juntamente com Júlio, em um hotel da Rua Marechal Deodoro, Centro de Campinas. Já a outra acusada, Talita Brusco Venezian, de 18 anos, estava em pensão da Rua Cezário Mota, no Botafogo. Durante as abordagens, os policiais da Dise apreenderam dois 'kits' com pedras de crack.
O acusado Júlio informou, em depoimento, que suas atividades junto à facção criminosa eram na região central de Campinas, especialmente imediações da antiga rodoviária (Botafogo) e Terminal Central. A organização teria dado a ele o 'sinal verde' para ações nestas áreas.
'Estes locais são de atuação intensa dos traficantes por dois motivos principais: existência de pequenos hotéis e pensões, além de bares, onde ficam pessoas que não são identificadas e, por isto, têm facilidade em se esconder, e também por causa da existência de pessoas viciadas, que ficam a vagar pelas ruas a qualquer hora do dia ou da noite', avaliou o delegado.
A execução
O cabo da Aeronáutica Luiz Henrique da Silva foi literalmente 'fuzilado' dentro de seu Santana vermelho, perto de uma pizzaria, na noite de 19 de agosto deste ano. Foram apreendidos no local do crime 29 estojos de munição deflagrada calibre 5.56 (usada em fuzil). Ele foi alvejado seis vezes. O crime ocorreu em trecho da Avenida das Amoreiras, no bairro São João, área Oeste de Campinas. [
As investigações do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP) apontaram que o cabo pode ter sido assassinado por bandidos que queriam matar um policial militar. Mas ainda não se conseguiu esta confirmação. Um fuzil apreendido com quadrilha após tentativa de assalto em Sumaré, foi apreendido e mandado para a perícia. Para o SHPP, pode ser a mesma arma usada na execução de Luiz Henrique.
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