- 21/06 - Dilma e a luta armada - 3ª parte O "Racha"


21/06 - Dilma e a luta armada - 3ª parte

  
 Documentos falsos encontrados com 
 Dilma, quando foi
 presa.
Pesquisado pela editoria do site
www.averdadesufocada.com
A verdadeira motivação da luta armada era a tomada do poder pelas armas para a  implantação de uma ditadura marxista-leninista!
O "Racha" 
 Na noite de 29 de julho , de 1969, a nova organização - VAR-Palmares -, criada após a fusão,  perdia dois expressivos militantes em tiroteio com policiais em um posto de gasolina da Barra Funda, capital paulista - Fernando Borges de Paula Ferreira e João Domingos da Silva, que faleceram . No tiroteio ficaram feridos três policiais - Francisco Rocha, José Roberto M. Salgado e Adriano Ramos, além do funcionário público Osmar Antônio da Silva.
As perdas ( prisões e mortes ) de militantes, além de permanentes conflitos entre a cúpula, levaram ao preparo do 1º Congresso Nacional da VAR-Palmares, com a redação das teses para serem discutidas no Congresso
Texto completo

Pelo lado dos oriundos do VPR, dois documentos marcavam uma posição puramente foquista - guerrilha de pequenos grupos -, privilegiando de modo total e absoluto a 
 
     Parte das armas da VAR -Palmares
    que foram apreendidas.
coluna guerrilheira :
- "A Vanguarda Armada e as Massas na Primeira Fase da Revolução", escrito por Ladislas Dowbor.
- "Area Estratégica - Coluna Móvel Guerrilheira", preparado por Carlos Lamarca e Juarez Guimarães de Brito, com idéias de Chizuo Ozava - "Mário Japa".
Ao mesmo tempo, um grupo de militantes oriundos do COLINA, escrevia os documentos:
-"Teses sobre a Tática " e "Poliítica de organização", expressando uma posição contra o foquismo e o militarismo.
  O Congresso Em fins de agosto, início de setembro de 1969, começaram a chegar a Teresópolis os primeiros delegados enviados pelas organizações para representá-las : Seis integrantes do Comando Nacional da VAR-Palmares e nove delegados, eleitos pelas conferências regionais. Ao todo eram 16 militantes com direito a voto. Presente também, como delegado especial dos "deslocados", Apolo Heringer Lisboa -" Hélio Moreira "-. Sem direito a voto, seis outros militantes.
Sem serem convidados apresentaram-se como representantes de São Paulo os militantes da VPR ; José Raimundo da Costa e Celso Lungaretti, que por falta de credenciais,  não foram aceitos
A equipe de manutenção e segurança era composta por 11 elementos. Muitos nem sabiam onde estavam, pois era comum levar os militantes vendados para os "aparelhos" ou  locais de congressos para garantir a segurança dos outros companheiros.
Durante o congresso, as discussões se prolongaram por todo o dia. Os foquistas defendiam as ações imediatas para derrubada do regime militar e imediata tomada do poder para implantar a ditadura marxista- leninista. Os massistas  defendiam a mobilização das massas, formando grandes exércitos populares e , com mais segurança, em um prazo maior fazer a revolução popular.
No dia 5 de setembro, receberam a notícia de que o embaixador dos Estados Unidos havia sido sequestrado.
 Durante 20 dias, 33 militantes, discutiram , brigaram e por pouco quase não partiram para tiros e agressões físicas. Isso tudo, recheado de acirradas discussões políticas.
A motivação para luta armada era a mesma, mas as técnicas e o prazo para alcançá-las eram distintos. As divergências de pensamento político eram profundas. A linha sugerida pelo Colina teve maioria - a da revolução socialista, com a luta armada sendo realizada simultaneamente com a coluna guerrilheira no campo e a classe operária e segmentos populares atuando na cidade.
O "racha"Diante dessas discordâncias, concretizou-se o " racha.". De um lado o grupo de Dilma Rousseff, que apoiava as teses do antigo Comando de  Libertação Nacional - Colina-, continuou com o nome de VAR-Palmares; o grupo de Lamarca voltou a chamar-se Vanguarda Popular Revolucionário - VPR.
 De volta ao Rio , o grupo que continuou na VAR-Palmares se reuniu em um apartamento  no Leblon, no início de outubro e, segundo Antônio Espinosa  elegeu a nova direção da VAR-Palmares formada por Carlos  Franklin Paixão de Araújo - "Max"-,  Antõnio Espinosa, Dilma Rousseff,  Carlos Alberto Bueno de Freitas - " Breno" -,  e Mariano Joaquim da Silva - " Loyola".
Nos meses seguintes a corrida das duas organizações para o aliciamento de novos militantes foi grande. Por ocasião do "racha", a VAR-Palmares possuía cerca de 300 militantes. No final de 1969, cerca de 100 permaneciam na VAR, 100 estavam presos e outros 100 estavam na VPR, ressurgida depois do racha. A VAR - Palmares havia perdido a oportunidade de tornar-se a maior organização subversiva brasileira.
Segundo a Revista Piauí , depois do "racha" , Dilma foi enviada para S Paulo. Lá alugou um quarto em uma pensão e o dividia com Maria Celeste Martins - sua assessora na Casa Civil -, e segundo a mesma reportagem, Dilma em entrevista à Folha, em 2003, teria dito que:
 " Eu e Celeste entramos com um balde : eu me lembro bem do balde porque tinha munição . As armas, nós enrolamos em um cobertor . Levamos tudo para a pensão e colocamos embaixo da cama . Era tanta coisa que a cama ficava alta. Era uma dificuldade para nós duas dormirmos ali. Muito desconfortável. Os fuzis automáticos leves, que tinham sobrado para nós, estavam todos lá. Tinha metralhadora, tinha bomba plástica. (...)"
Em  21 de novembro  de 1969, Espinosa foi preso.
   Dilma , Galeno e Franklin Paixão Araújo
Galeno, 1º marido de Dilma, no dia primeiro de janeiro de 1970, para comemorar o aniversário da Revolução Cubana sequestrou, em pleno vôo, um avião Caravelle da Cruzeiro do Sul, desviando-o para Cuba . Foi o 1º sequestro de um avião brasileiro. Partiparam dessa ação: James Allen Luz, Athos Magno Costa e Silva, Isolde Somer, Nestor Guimarães Herédia e Marília Gimarães Freire
Uma onda de prisões, entre elas a de José Olavo Leite Ribeiro, levou Dilma à prisão no dia 16 de janeiro de 1970. Dilma foi presa ás 16 horas. Ela usava documentos falsos com os nomes de  Maria Lúcia dos Santos e Marina Guimarães Garcia de Castro e os codinomes de Wanda , Estela e Patrícia .
. Dilma mantinha três contatos semanais com José Olavo Leite Ribeiro  (por medida de segurança os militantes tinham os "pontos" marcados com antecedência). Preso, ao ser interrogado, José Olavo "entregou" um "ponto", em um bar, com Antônio de Pádua Pessoa, mesmo sabendo que Dilma poderia aparecer, pois era um "ponto alternativo". Isso, realmente, aconteceu. Dilma "cobriu" o "ponto" e foi presa, quinze dias depois do sequestro do Caravelle.
Ribeiro afirmou, também,  em entrevista a Luiz Maklouf Carvalho, autor do livro  Mulheres que foram á luta armada  ( Editora Globo), que Dilma estava armada.
Evidente, que, uma pessoa em sua posição  de liderança - comando nacional -, jamais estaria desarmada ao se dirigir a um "ponto".
Além de armas,  Espinosa , declara que eles carregavam inclusive cápsulas de cianureto  para tomar em caso de prisão ( Revista Época - 16/08/2010)
Franklin Paixão Araújo foi preso em 12 de agosto de 1970 e condenado a 4 anos de prisão, parte da pena cumprida em Porto Alegre. .
Dilma ficou presa durante quase três anos e  saiu do Presídio Tiradentes, no final de 1973. Pouco depois, foi para Porto Alegre onde Franklin Paixão Araújo cumpria seus últimos meses de prisão.
 Deixamos aos nossos leitores dados para que façam uma avaliação a respeito da responsabilidade da militante Dilma Rousseff ao aderir às organizações que praticaram assaltos, assassinatos, sequestros, "justiçamentos", atentados a bombas, sabotagens e outros crimes. Como os leitores do site podem observar as pessoas dessas organizações não eram presas por crime de opinião. Algumas, mesmo não participando dos atos propriamente ditos, eram presas por crime de apoio logístico, planejamento e organização das ações armadas.
 Antes e após a prisão de Dilma, inúmeros foram os crimes praticados por terroristas provenientes de várias organizações. A VPR, ALN , VAR-Palmares ,MOLIPO, PCBR, AP , MRT, REDE, MR-8 , PCR, PCdo B e outras, foram organizações subversivo-terroristas que, por mais de uma década, aterrorizaram o Brasil.
Em entrevistas na imprensa escrita e falada, Dilma, ultimamente, já como candidata, tem afirmado que lutava pela derrubada  da ditadura, pela democracia e pela liberdade e que nesse regime "Muitas vezes as pessoas eram perseguidas e mortas... E presas por crime de opinião e de organização, não necessariamente por ações armadas. O meu caso não é de ação armada. O meu caso foi de crime de organização e de opinião".
 No entanto, vê-se, claramente, por declarações de seus maridos, de camaradas de armas, de seus companheiros, que, nas organizações em que militou: Polop, COLINA, e VAR-Palmares, Dilma, até a sua prisão, não se encarregava, apenas, de distribuir panfletos em porta de fábricas.
Segundo o parecer do jurista Luiz Flávio Gomes, "Ocorre co-autoria (no Direito Penal) quando várias pessoas participam da execução do crime, realizando ou não o verbo núcleo do tipo. Todos os co-autores, entretanto, possuem o co-domínio do fato. Todos praticam fato próprio. Enquanto o co-autor participa de fato próprio, o partícipe contribui para fato alheio. Três são os requisitos da co-autoria:
1) pluralidade de condutas;
2) relevância causal e jurídica de cada uma;
3) vínculo subjetivo entre os co-autores (ou pelo menos de um dos co-autores), com anuência ainda que tácita do outro ou dos outros co-autores".
Fontes:
 Projeto Orvil
Revista Piauí ( abril /2009)
Revista Época ( 16/08/2010 ) 
A Verdade Sufocada - A História que a esquerda não quer que o Brasil conheça - Carlos Alberto Brilhante Ustra

1ª parte : leia aqui
2ª parte - leia aqui

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