Um livro memorias de uma guerra suja Cel Ustra acusado de planejar assassinato


REVELAÇÃO - EX DELEGADO ACUSA CORONEL USTRA  - Ex delegado diz que quer ser ACAREADO COM Ustra. Segundo jornal o Estado de S.Paulo  Guerra se contradiz em relação a datas reveladas em sua biografia publicada nos anos 80.
Falo ao Coronel Ustra que reconhecer o que fez, se desculpar com o povo brasileiro, e pedir perdão a Deus, é um ato de bravura e coragem. No passado, ele teve o respeito e admiração da tropa, justamente por ser destemido e rigoroso no cumprimento do que ele achava ser seu dever e, agora, é o grande momento de encarar o julgamento da sociedade. Esse sim vai ser o seu maior ato de bravura" . 
    Guerra diz ainda que militares pretendiam explodir o Jornal do Brasil e que as reuniões eram realizadas no Rio no “Angu do Gomes”.
    O obscuro ex-delegado permaneceu no anonimato por mais de duas décadas, o livro supostamente tem fatos reveladores sobre a época da ditadura, e em especial uma denúncia sobre a morte do delegado Fleury, do Dops de São Paulo. Segundo  o livro Fleury não morreu por acidente, mas sim por assassinato planejado com a participação do coronel Ustra e mais alguns militares e civís que atuaram na força de repressão aos militantes que pretendiam impor o comunismo no Brasil.

    Segundo o site sociedademilitar.com, no livro  “Ele conta ter executado pessoalmente militantes de esquerda como Nestor Veras, do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), após uma sessão de tortura da qual afirma não ter participado:“(Veras) tinha sido muito torturado e estava agonizando. Eu lhe dei o tiro de misericórdia, na verdade dois, um no peito e outro na cabeça. Estava preso na Delegacia de Furtos em Belo Horizonte. Após tirá-lo de lá, o levamos para uma mata e demos os tiros. Foi enterrado por nós.”...       
   Ontem a Folha de São Paulo revela mais fatos interessantes, repórteres apuraram que em Biografia anterior Cláudio Guerra diz que entrou no Dops em 1975, mas no livro recente, ele fala que incinerou corpos ao longo de 1974. O ex-agente policial diz que, na condição de agente do Dops, incinerou corpos de adversários da ditadura numa usina de cana em Campos dos Goytacazes (RJ), ao longo de 1974. O depoimento é uma reviravolta na história relatada por ele mesmo. Uma biografia autorizada por ele, Guerra, o cana dura, em 1980 e 1981, destaca que o ex-agente só ingressou no Dops em setembro de 1975.
   A primeira biografia foi escrita pelo jornalista Pedro Maia, que tinha acesso direto a Cláudio Guerra, um agente que se destacou na estrutura do crime organizado do Espírito Santo e na organização criminosa Scuderie Le Cocq, acusada de extermínio na Região Sudeste. "Em setembro de 1975, o já experiente delegado Cláudio Antonio Guerra foi nomeado para chefiar a temida Delegacia de Ordem Política e Social, a Dops", escreveu Maia.
  

 Agora, no novo livro, Guerra conta que virou "combatente dos subterrâneos da batalha contra a guerrilha no segundo semestre de 1972" e já era integrante do Dops há tempo. O livro não confronta as diferenças de datas, mas cita a primeira biografia num trecho narrado por Guerra: "José Roberto Jeveaux (dono do jornal "O Povão", de Vitória) havia patrocinado um livro sobre mim, o Cana Dura, redigido por Pedro Maia, e eu não quis participar da sua execução. Frequentávamos a casa um do outro, e não me envolveram nisso", relata Guerra.

COMISSÃO DA VERDADE
    As declarações de Guerra no novo livro poderão pautar a Comissão da Verdade, na opinião de seus autores, os jornalistas Rogério Medeiros e Marcello Neto. Mas para isso, destacam, a presidente Dilma Rousseff terá de indicar para sua composição "pessoas maduras, isentas e equilibradas".
    No site averdadesufocada.com a esposa do Coronel Ustra diz que: “Ao que parece o lançamento desse livro, com o arrependimento de um cidadão que  jamais foi citado como torturador por qualquer ex-militante da luta armada,   nada mais é do que um projeto para desviar o foco dos escândalos que assolam o país no momento e, uma preparação para um clima favorável à retaliação que está sendo preparada para a encenação que será a Comissão da Verdade.  Sobre esse silêncio com relação a sua atuação na  repressão à luta armada, se é verdade o que os jornais dizem - ainda não lemos o livro - só tem uma explicação, que até foi bem bolada : parece que ele só lidou com mortos, levando-os para incineração e, como mortos não falam, ele não poderia ser reconhecido por cadáveres. Em compensação, a sua ficha criminal  é bastante extensa. Pelo que os jornais -  O Globo, Estadão , Folha de São Paulo e Folha de Vitória -, publicaram, além das incinerações de cadáveres   que ele diz ter cometido e estar arrependido, cometeu outros crimes comuns, tais como assassinatos e fraudes processuais alguns ainda sem punição”. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

13/07/2015 - Exército brasileiro recebe dez cozinhas de campanha padrão Otan fabricadas na Espanha

20/08/2015 - Brasil avança no campo das bombas de voo controlado